Comunicação assertiva para C-level: como evitar as cascas de banana

Estar no topo da gestão é uma grande conquista, mas também uma responsabilidade. Nesse “pacote”, nem sempre está incluso o preparo para uma comunicação assertiva

A boa notícia é que isso é algo que pode ser aprimorado, especialmente se considerarmos um cenário mais desafiador: consumidores muito antenados versus concorrência cada vez mais acirrada no mundo digital.

Um primeiro ponto que devemos levar em consideração é o perfil de quem faz parte do C-level. 

Um estudo com algumas das mais relevantes startups no cenário brasileiro identificou a faixa etária média de 39 anos1, experiência no mercado financeiro em 35,4% dos casos e o gênero prioritariamente masculino

Independentemente destes dados representarem ou não a totalidade, há um ponto que precisamos nos questionar: como trazer excelência para a comunicação?

Em primeiro lugar, é preciso mapear fortalezas e fraquezas com muita sinceridade. Montamos aqui um roteiro que pode ajudar:

Clareza da comunicação:

  • Costumo expor informações com clareza durante meu discurso? 
  • As pessoas entendem a mensagem que transmito?
  • Entrego um raciocínio completo ou, mesmo que as pessoas me entendam, costumam retornar com perguntas básicas?

 

Assertividade da mensagem:

  • Tenho, de maneira estruturada, o raciocínio estratégico sobre a minha empresa e que precisa ser comunicado quando há oportunidade?
  • Consigo identificar objetivamente as oportunidades em que devo trazer as mensagens estratégicas da companhia sem parecer forçado/artificial?
  • Meu discurso está alinhado, portanto, aos objetivos estratégicos da companhia?

E o que fazer para evitar armadilhas de comunicação, afinal?

Nem sempre é possível contar com uma estrutura organizada de Comunicação. Isso, porém, não muda o fato de que há uma série de públicos estratégicos a serem atendidos: os colaboradores, parceiros, clientes e a imprensa, por exemplo.

Todos eles precisam de atenção personalizada e da construção e manutenção de relacionamento no longo prazo, mas é com a imprensa que você tem a oportunidade de fazer sua mensagem chegar mais longe e com a chancela de um jornalista – construindo, assim, uma reputação de longo prazo. Por isso, vamos nos ater mais profundamente a esse target

Não existe um grande segredo para se ter uma comunicação assertiva. Isto é algo que pode ser aprimorado com as estratégias e as técnicas certas.

 

Reunimos algumas delas:

  • Estude seu público-alvo: você conhece o público para o qual vai se comunicar? Cuidado com inferências e com o excesso de segurança. Entender sua audiência é básico, exemplo: um jornalista generalista precisará de contexto para entender termos técnicos ou particularidades do mercado. Assim como alguém especializado vai preferir ir direto ao ponto, sem muito contexto.
  • Entenda a pauta: independentemente do que você quer comunicar, é comum que a audiência tenha uma expectativa. No caso dos jornalistas, o contato com fontes costuma ter uma pauta, mesmo quando o objetivo é apenas relacionamento. Informe-se com antecedência sobre isso e procure endereçar essa necessidade. A troca, a reciprocidade é um ponto crucial da construção de relacionamento de longo prazo com stakeholders.
  • Organize o raciocínio: com os dois primeiros elementos identificados, é hora de estabelecer o seu próprio objetivo com aquela interação. Quer falar reforçar um produto/serviço? Precisa tratar de uma inovação da empresa? Cuidado! É preciso entender como alinhar o que você quer comunicar com a pauta já estabelecida para a conversa.
  • Contextualize: neste caso, contextualizar tem relação com a forma como você entregará a sua mensagem. Durante a interação com o repórter, procure o melhor momento para falar ou conduza a narrativa para o ponto onde quer chegar. Assim, terá chances melhores de retorno.

 

Há uma série de outros elementos não verbais ligados à uma comunicação não assertiva, como a roupa, acessórios (sim, acredite), postura, tom de voz etc. Por isso que a comunicação assertiva é algo que precisa ser treinado: não basta ter uma boa retórica, é preciso entregar um bom conteúdo; não basta ter um tom assertivo, se não passar confiança na postura (nervosismo, medo, p. ex).

Um outro ponto é o cuidado com temas sensíveis como cenário político, concorrência e questões trabalhistas. Isso, porém, é tema para outro conteúdo.

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