Aumentar a exposição espontânea na mídia é um dos principais motivos pelos quais empresas buscam uma assessoria de imprensa. A maioria delas, no entanto, esquece que estar preparada para atender os jornalistas de maneira adequada é tão importante quanto conquistar um espaço qualificado em jornais, revistas etc. Para essa questão, é possível lançar mão de uma estratégia que costuma ser bastante eficaz: o treinamento para relacionamento com a imprensa. Mas afinal, o que é media training?
É uma ferramenta de Comunicação muito utilizada por grandes e médias empresas para aprimorar seus executivos nas mensagens chave e na forma de relacionarem-se com a imprensa.
Afinal, uma declaração mal colocada em uma entrevista pode ferir profundamente a reputação da empresa e levar a uma rápida repercussão por conta da capilaridade da internet.
Diante deste cenário, treinar executivos e colaboradores chave da linha de frente é um dos princípios de sucesso das marcas no relacionamento com a mídia.
Media training: curso deve ser adaptado à necessidade do cliente
Em primeiro lugar, é importante deixar claro que o bom media training é aquele feito sob medida para o mercado do cliente. Assim, podemos subdividi-lo de duas formas: fatores internos e externos. É sempre bom enfatizar que, para ser efetivo, o treinamento deve ser acompanhado de dinâmicas práticas. E, claro, ser realizado por profissionais experientes no trato com a imprensa.
Fatores internos:
Há um trabalho prévio a ser realizado tanto pela equipe contratada, quanto pela interface, normalmente de áreas como Marketing ou Comunicação, com:
– Estratégia de negócio: quais mensagens institucionais precisam ser reforçadas e que tipo de situação requer maior treino? É preciso, por exemplo, um mapeamento prévio dos pontos sensíveis de um produto a ser lançado ou mesmo a identificação de responsabilidade compartilhada envolvendo uma crise com parceiros ou clientes.
– Dados institucionais básicos: diferenciais e o propósito da empresa. Afinal, estar frente a frente com jornalistas sempre é uma grande oportunidade de posicionamento.
– Briefing: com a estratégia de negócio definida, é preciso reportar ao parceiro escolhido estas informações, bem como o estilo e pontos de melhoria de quem será treinado.
Assim, Marketing/Comunicação pode optar por um alinhamento prévio com os executivos. Tanto quando as mensagens não estão claras ou ainda não haviam sido apresentadas quanto por diagnosticar o nível de conteúdo institucional presente nos discursos – quando os executivos já têm mais tempo de casa, por exemplo.
Fatores externos:
Aqui, é hora de tratar da empresa fora de seu ambiente ao interagir com o mercado e a imprensa com pontos como:
– Cenário do próprio mercado: posicionamento de concorrentes, benchmarking e problemas a serem evitados. Regulamentações a serem seguidas e etc.
– Cenário da imprensa: antes de treinar um porta-voz, é preciso mostrar como está a imprensa brasileira e, quando for o caso de multinacionais, comparando-a com os países de interesse.
– Como o jornalista trabalha: entender o interlocutor é essencial. Quais as diferenças entre profissionais de rádio, tv, impresso e online? E as prioridades de quem trabalha em veículos diários, semanais e mensais? Qual a expectativa do repórter em relação a forma como o porta-voz responde às perguntas que ele faz? O media training pode ajudar, inclusive, a “homogeneizar” um pouco a forma de atendimento à imprensa mostrando a executivos prolixos a importância da síntese e assertividade e, aos lacônicos, como estruturar o raciocínio.
– Mensagem: os executivos estão dizendo o que precisa ser comunicado? Respondem adequadamente o jornalista? O discurso está claro? É convincente? Transmite credibilidade?
Sempre que possível, é recomendável a gravação das entrevistas para que os executivos possam analisar seu desempenho posteriormente à luz do feedback que será fornecido pelos profissionais.
Como se vê, o media training é muito mais complexo e relevante do que um treinamento para uma boa entrevista. Trata-se de uma ferramenta valiosa para corporações dos mais diferentes tamanhos e segmentos de mercado.
Você sabia que a Tamer já atuou em crises de grande porte como a tragédia de Brumadinho (MG) e possui um núcleo especializado neste tipo de solução?