Encerrada há 10 dias, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 (COP26), reuniu lideranças do mundo todo para discutir medidas de sustentabilidade capazes de desacelerar a degradação ambiental produzida pelo atual modelo de sociedade.
O evento tem, no entanto, de fazer mais do que servir como um grande fórum mundial sobre o tema. Afinal, a COP tem como tradição a busca pela criação de políticas públicas que possam criar efeitos práticos.
Neste aspecto, o evento realizado na cidade de Glasgow falhou. É bem verdade que as nações até concordaram em se comprometer com pautas urgentes.
Exemplos disso, foram: as conclusões sobre as necessidades de diminuir em 45% as emissões de dióxido de carbono até o ano de 2030; e de se estabelecer um grande pacto em torno da proteção e restauração das áreas florestais.
Nenhuma dessas pautas, porém, tiveram planos práticos traçados. Ou, se quisermos avançar ainda mais, não foram sequer mencionadas possíveis sanções para os descumpridores dos acordos.
Diante disso, na opinião dos especialistas, o que se viu na COP26 foi uma relutância de alguns dos principais players da política internacional em se comprometerem com a pauta da sustentabilidade.
Guinada rumo à sustentabilidade pode vir da iniciativa privada
Em paralelo aos resultados um tanto frustrantes do evento, porém, uma esperança surge da crescente demanda por empresas mais sustentáveis vinda de boa parte dos consumidores do globo.
A resposta das empresas a estas exigências ficou explícita no relatório global da KPMG batizado de ‘Chegou a Hora’.
O documento revela que 80% das 5,2 mil maiores empresas globais já contam com relatórios anuais de sustentabilidade. No Brasil, este índice chega a 85% das 100 maiores empresas que por aqui operam.
Ao analisar os números em entrevista concedida ao jornal O Estado de São Paulo, a diretora de Sustentabilidade da Ambipar, Onara Lima, pontuou uma razão simples para essa guinada verde: a competitividade de mercado.
Segundo a executiva, o cuidado com a pauta já é hoje um fator competitivo para as empresas. Sendo assim, aqueles que ignorarem essa questão estarão deixando de criar valor para seus stakeholders.
Investimentos sustentáveis vão muito além de um compromisso ambiental
Na mesma entrevista, Onara Lima classificou como ‘defasadas’ as empresas que ainda enxergam os investimentos em sustentabilidade como custo.
Isso porque, segundo ela, movimentos estratégicos que coloquem as empresas no grupo das companhias responsáveis podem (e devem) ser perfeitamente alinhados com a estratégia de negócios.
Isso se torna ainda mais relevante quando a sustentabilidade é vista de maneira ampliada. Transcendendo a superfície do compromisso ambiental.
Basta ver como as grandes empresas do país (67 das 100 maiores) estão fazendo um esforço contínuo para firmar seus compromissos com pautas como: igualdade de gênero; distribuição de renda; compromisso com a saúde e a erradicação da fome – todas elas presentes nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Tão importante quanto se comprometer com o tema, é divulgar este compromisso
Empresas que não realizam, na prática, aquilo que pregam, acabam sendo punidas pelos consumidores.
De modo semelhante, porém, empresas que falham na divulgação daquilo que fazem acabam perdendo a chance de se posicionarem de maneira positiva junto aos seus consumidores e prospects.
Pensando nisso, a Tamer oferece não apenas uma consultoria especializada em relatórios de sustentabilidade para seus clientes.
Como permite que empresas reforcem este posicionamento por meio das estratégias em áreas como assessoria de imprensa e marketing digital.