Influenciadores de finanças mostram força e avançam em meio a incertezas

O brasileiro está cada vez mais disposto a recorrer a influenciadores para se informar sobre finanças no seu cotidiano. Essa foi, na nossa opinião, uma das conclusões que vimos no último relatório ‘FInfluence – quem fala de investimentos nas redes sociais’, divulgado pela Anbima nesta semana.

Em sua quarta edição, que trouxe números referentes a dezembro de 2022, o estudo mostrou o recorde de produtores de conteúdo sobre o tema: 515, 102% a mais do que o aferido no primeiro semestre do ano passado.

Separamos três dos principais insights oferecidos pelo relatório e trouxemos pontos importantes para empresas e profissionais que querem ampliar seus alcances nas redes em busca de reputação e bons negócios.

Venha conosco e confira!

1 – Existem influenciadores de finanças para todos os perfis

Ao registrar que o número de influenciadores considerados relevantes saltou de 255 para 515 no intervalo de apenas uma edição de seu levantamento, a Anbima destacou: o crescimento foi puxado pelo boom de perfis pequenos e médios.

Na prática, essa característica indica para o mercado que existe uma gama diversa de oportunidades para parcerias visando a ampliação de resultados nas redes sociais.

Afinal, empresas e profissionais que não podem despender um budget para se associarem aos influenciadores grandes e gigantes, passaram a ter a opção de ‘atacar’, digamos, ‘no varejo’. Isto é, escolher a dedo influencers de menor porte para atingir nichos específicos de audiência.

Mais do que uma conjectura, este cenário se apresentou em números no relatório. Em sua quarta edição, o ‘FInfluence – quem fala de investimentos nas redes sociais’ registrou um crescimento de 240% nas parcerias entre instituições e influenciadores no comparativo direto com a edição passada.

2 – Homens são maioria, mas mulheres engajam mais

No Brasil, o universo dos investimentos é tradicionalmente masculino. Atualmente, as investidoras representam cerca de 1/4 do total de brasileiros com aportes na B3 (22,89%) – montante menor do que registrado em 2020 (26,24%).

Segundo o relatório da Anbima, essa predominância de homens também pode ser observada entre os influenciadores de investimento. Atualmente, as pessoas físicas do sexo masculino representam 65,2% do total de influencers, enquanto as mulheres compõem uma massa de 12,4%.

Apesar de reconhecer a necessidade de trabalhar em prol de mais representatividade para as mulheres ao criar, pela primeira vez, um ranking exclusivo para elas, a Anbima destacou a força que estas influenciadoras já possuem.

Isso porque, embora estejam em menor número, é das mulheres o posto de quem mais engaja no nicho estudado. Em média, as publicações feitas por elas geram 2.460 interações, enquanto as publicações dos homens rendem 2.057.

3 – Público está preocupado com a conjuntura 

O mercado financeiro é amplo e engloba, direta e indiretamente, um universo diverso de temas. Por conta disso, a quarta edição do ‘FInfluence – quem fala de investimentos nas redes sociais’ trouxe uma análise aprofundada sobre os segmentos, cruzando os 11 assuntos mais abordados pelos influenciadores com aqueles que produziram mais engajamento junto ao público.

Essa abordagem refletiu um comportamento claro dos brasileiros: a preocupação com o atual cenário de incertezas e uma preferência majoritária por produtos de característica menos volátil – com exceção às operações de day trade, que ainda sobrevivem no gosto dos espectadores.

Observe no quadro abaixo:

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