Promover a marca a partir de ações conjuntas com influenciadores está no radar de boa parte dos executivos brasileiros. É o que mostra um levantamento recente do Youpix, consultoria dedicada ao universo de criadores de conteúdo digital, cujo resultado apontou que 71% dos decisores das empresas brasileiras consideraram fazer campanhas dessa natureza ao longo de 2021.
Mesmo setores que há pouco se mostravam reticentes, têm se convencido a explorar esse caminho chamado, entre outros nomes, de Marketing de Influência.
O setor financeiro tem como exemplo o Nubank que anunciou a cantora Anitta – não como uma promotora da marca – mas como uma integrante de seu conselho administração!
A mensagem do banco digital latino-americano ao estabelecer um vínculo tão profundo com uma popstar foi clara: não adianta apenas falar em temas como pluralidade e diversidade em peças publicitárias, é preciso ir além.
É necessário mostrar, de fato, que a empresa está aberta a diferentes perfis e pontos de vista. E, para isso, nada melhor do que se associar a um influenciador que partilha dos mesmos valores da empresa e do público que se quer atingir..
Parceria Nubank-Anitta impulsionou novos cases
Menos de um ano se passou desde o anúncio do Nubank. E, de lá para cá, a parceria com a Anitta transformou algumas críticas iniciais em reconhecimento irrefutável de sucesso.
De acordo com David Vélez, fundador da marca, o banco conquistou mais de 7,5 milhões de sócios desde a formação da parceira.
Chama atenção, aliás, que uma das principais razões para números tão expressivos veio do fato de Anitta ter sido mais do que uma ‘garota propaganda’. Afinal, segundo Vélez, foi ela quem chancelou a ideia de a empresa passar a oferecer BDR’s (abertura da sigla, pls, com breve explicação) mostrando que tem uma visão aguçada de negócios.
O Nubank, no entanto, não foi o único player do setor financeiro a mergulhar fundo no universo dos influenciadores.
Em 2021, a atriz Taís Araújo foi nomeada embaixadora do Banco BV – após ter realizado parcerias pontuais no decorrer do ano anterior.
Tal como Anitta, a global tem feito mais do que emprestar sua imagem para criar empatia com os consumidores. Segundo Adriana Gomes, diretora executiva de clientes do BV, Taís tem sido chamada para contribuir com a estratégia de produtos, serviços e programas do banco.
Na mesma linha, a Mondial, empresa de eletrodomésticos, anunciou – nesta semana – a chegada de Juliette Freire para a posição de head de inovação, ação com a qual espera saltar dos atuais 28% de marketshare para 36% até o fim deste ano.
Influenciadores digitais e os impactos nas decisões de consumo
O impacto dos influenciadores digitais nas decisões de consumo vai muito além dos cases mais emblemáticos e pode ser explorado pelos mais diversos tipos de empresas.
Veja como alguns números de um levantamento realizado pela Qualibest dão substância à esta realidade:
– 71% dos brasileiros que estão online seguem algum influenciador
– 55% afirmam pesquisar a opinião de influenciadores digitais antes de concluírem uma compra importante
– 86% já descobriram um produto via influenciador
– 73% já adquiriram algum produto por indicação deste criador de conteúdo
Nem tudo são flores: escolha de um influenciador-parceiro exige cuidado e profissionalismo
O potencial de associação positiva de uma marca com um influenciador é inquestionável. No entanto, a falta de planejamento e análise aprofundada de potenciais “candidatos”na hora de se desenhar uma campanha pode causar o efeito contrário e atingir diretamente a reputação da empresa.
Vimos alguns casos recentes de cancelamento por conta de opiniões antidemocráticas. Isso mostra que, nem o mais famoso e relevante dos influenciadores está livre de perder sua reputação. E as empresas parceiras podem ir à reboque desse problema.
Para evitar isso, é preciso analisar com cuidado o match do comportamento deste influencer com o posicionamento da empresa mergulhando no histórico deste profissional para mensurar sua confiabilidade. Isso ajudará a entender outros pontos: a qualidade do engajamento de quem o segue; se há consistência no discurso; parcerias com outras marcas; e se houve alguma polêmica envolvendo-o/a.
A sensibilidade desta relação sugere que uma marca interessada em se associar a um influenciador procure uma empresa habituada a realizar ações desta natureza.
Aqui na Tamer, por exemplo, ajudamos nossos clientes neste processo ao aliarmos a estratégia de comunicação, às mensagens que precisam ser passadas ao público e buscamos os perfis que fariam isso da maneira mais verdadeira. Tudo isso envolve muita experiência e o apoio de ferramentas especializadas.
Entre as ferramentas que utilizamos, destaca-se o Iinfluency.me – que nos permite acessar um banco de dados com aproximadamente 80 mil personalidades da internet e filtrá-las com base em critérios como: gênero; reputação nas redes sociais; faixa etária; além de outras características.
